O Projeto Ambiental Gaia Village se consolida na propriedade da família e de sua sociedade, a G. A. Werlang – Gestão e Ambiente Ltda. A estratégia que garante dinamismo ao projeto advém do conceito de Fluxo: buscam compreender as potencialidades de cada situação; envolvem parceiros na concepção e concretização de ações replicáveis; e oferecem total transparência.
A história de formação desta área remonta ao ano de 1968 quando Gastão Avelino Werlang e sua esposa Carmen Werlang adquiriram um primeiro lote de 10,4ha. No início do ano seguinte construíram, em madeira, uma pequena casa e iniciaram um processo de regeneração das encostas do morro da Caranha, pelo plantio de gramíneas em áreas que até então estavam dedicadas ao plantio de mandioca. Já em 1970, observando a tradição local da captura de animais silvestres, notadamente pássaros, Gastão A Werlang determinou a proibição de armadilhas e caça, iniciando-se uma longa vigilância. Neste mesmo ano promoveu-se a cobertura vegetal para a reestabilização de dunas junto da praia do Ouvidor, com mudas de casuarinas, pinus e eucaliptos, provenientes dos hortos de Tramandaí (RS) e Laguna (SC). Este trabalho teve seguimento, e hoje encontra-se no estágio de substituição das espécies exóticas por plantas nativas. No mesmo ano promoveu-se a cobertura vegetal sobre voçorocas na face sudoeste do Morro da Caranha, iniciando-se um processo de regeneração. Em seguida foram construídas cercas de proteção no sopé das encostas das dunas evitando-se, assim, a possibilidade de agressão às matas de restinga ali existentes. Com vistas a proteção de plantas nativas da ação dos fortes ventos, criaram-se barreiras de plantas exóticas. A importância desta ação pode ser constatada a partir da revitalização que alcançaram as duas figueiras junto da fonte do Ouvidor. No ano seguinte, em 1971, a propriedade teve sua primeira experiência de viveiro próprio.
Na medida em que a família adquiria outras áreas, práticas comuns na região, como as da queimada foram banidas. Além disto, o objetivo de evitar queimadas provocadas por terceiros, iniciaram-se em 1980 procedimentos preventivos como o da roçada mecânica em áreas críticas. Em 1980 a propriedade retomou a proposta de viveiro, e em dois anos foram produzidas 120.000 mudas, sendo que 20.000 de plantas nativas. Um enorme esforço de plantio foi realizado na parte do areal junto à Praia da Barra, com vistas sua estabilização.Dentro de um contexto de manutenção da área a fazenda permaneceu produzindo bovinos e bufalinos. Observou-se, de forma geral, um sensível incremento da diversidade e quantidade de animais silvestres , acompanhada de uma melhoria na estrutura geral dos solos.
Histórico recente
No ano de 1997 a família Werlang foi procurada por seus vizinhos da Praia do Ouvidor, interessados em abrir uma rua paralela à praia. Provavelmente este seria o impulso inicial para uma urbanização nos moldes que tradicionalmente tem sido observados no litoral brasileiro. Buscando alternativas menos agressivas ao meio ambiente, os irmãos Franco Adriano e Justo Werlang foram buscar na pessoa do ecologista professor José Lutzenberger – Fundação Gaia – uma consultoria inicial.
A partir de sua visita, seguida de um sobrevôo, o professor Lutzenberger encorajou os irmãos a buscar soluções ambientalmente responsáveis. Seu brilho intelectual e sua atitude sempre vibrante, motivou Franco iniciar sua participação no movimento ambientalista, aceitando o convite para que integrasse o Conselho da.Fundação Gaia. Assim, em 1999 Franco participou de um curso sobre ecovilas em Navarro (Argentina), onde teve oportunidade de discutir idéias de um projeto com Albert Bates, fundador da ecovila The Farm, presidente do ENA Ecovillage Network for Américas. Neste mesmo curso conhece o arquiteto Joseph F. Kennedy – Klamath Institue’s Natural Building – que a seguir visita a área, produzindo um relatório. Acompanhando o professor Lutzenberger em uma palestra na ecovila de Findhorn (Escócia), tem oportunidade de visitar o CAT Center of Alternatives Technologies (País de Gales) e a Schumacher College (Devon – Inglaterra) onde, posteriormente, participa de curso sobre Capitalismo Natural com o Dr. Amory Lovins – RMI Rocky Moutain Institute. Em outra viagem acompanhando o professor Lutzenberger participa do ato de criação do IFFG – International Forum on Food na Agriculture em Vancouver (Canadá). Participa também de seminários sobre novas tecnologias, especialmente as aplicadas a questão da geração e transmissão de energia elétrica, em Nova Iorque e São Francisco (Estados Unidos) . Neste mesmo ano de 1999 o Dr. Philip Snyder – Gaia Foudation e GEN Global Ecovillage Network (Dinamarca) , e o Dr. Max Lindegger, criador do projeto da ecovila de Cristal Waters (Austrália), representante do GEN Oceania, efetuaram demorada visita a área, estudando as condicionantes ambientais para a instalação de uma ecovila. Produziram um detalhado relatório remetendo a diversas sugestões. Entre as mais interessantes, a de iniciar a ocupação por um Centro de Vivência e Aprendizagem (Living and Learning Center) .
O professor, doutorando em ecologia de pastagens, Abdon Schmitt F. (UFSC) passou a participar do projeto também em 1999, dentro de uma proposta inicial de adequar o rebanho bufalino à produção orgânica. Esta idéia evoluiu para uma proposta de recuperação ambiental a partir de uma unidade permacultural de produção de carne e leite orgânicos. Projeto neste sentido foi elaborado sob sua coordenação por equipe composta pelo professor Antônio Uberti (USFC), Giampaolo Marchesini MsC (Projeto Nascentes) e o agrônomo Arlei Matthes. Em jornada de discussão da qual participaram a Dra. Sílvia R Ziller , Fábio Luiz de Oliveira Rosa, o Dr. Juarez Callegaro, e Jorge Vivan MsC, o professor Abdon e equipe apresentou as conclusões do trabalho. Os resultados do trabalho desenvolvido pelo professor Abdon junto ao rebanho bufalino tem sido muito positivos, melhorando sensivelmente os índices de natalidade, sanidade e desenvolvimento animal. Atualmente o rebanho encontra-se em período de certificação orgânica e, ao mesmo tempo, de registro genealógico. A participação do professor Abdon no projeto não é restrita aos búfalos, mas permeia uma série de outras ações. Extremamente relevante foi a interface desempenhada por ele, junto a comunidade acadêmica e ambiental do estado de Santa Catarina.
Em uma rápida visita a área, Amory Lovins (RMI) e Terry Gips (Next Step e Sustainability Associates) manifestaram apoio ao projeto. Nesta viagem Amory foi apresentado a João Antônio Prosdócimo , que passa então a ser responsável pelo RMI no Brasil, viabilizando uma série de ações exitosas no Paraná. Na medida em que se recebiam as diversas contribuições, promoveu-se uma ampliação e qualificação da equipe da fazenda. Assim diversos colaboradores internos tiveram oportunidade de participar de cursos em áreas diversas como as de: design de ecovilas; viveiros; operação de trator e retroescavadeira; paisagismo; agricultura orgânica; treinamento em informática; e outros. Os processos de gestão passaram a ser compartilhados por todos os colaboradores, que avaliam as tarefas realizadas diariamente, planejando e distribuindo tarefas e equipes para o próximo dia.
Em novembro de 1999 o Dr. William Rolley ( Permaculture Institute of Southern California) visitou o projeto e proferiu palestra em Garopaba. Assim como todos os ecologistas que haviam visitado anteriormente, ele também ficou impressionado com as agressões ao meio ambiente provocadas por grupos de cavaleiros/cavalos e motociclistas/motocicletas que invadiam a área. A fragilidade dos solos arenosos visivelmente se desestruturava na medida em que a tênue vegetação era rompida pelos cascos dos cavalos e rodados de motocicletas, conforme atestou o professor Uberti em laudo próprio. Neste mesmo sentido se manifestou a perita Amenar de Oliveira, em conclusivo laudo produzido.
A família Werlang permite o trânsito de pessoas na área, a pé, especialmente no percurso entre as Praias da Barra e do Ouvidor. Em razão da falta de uma vigilância específica, ocorreu que grupos de cavaleiros e motoqueiros elegeram o local como área para trilhas, inclusive de cunho comercial. Os danos ambientais destas incursões determinaram sua proibição. Assim foram afixados avisos educativos, e expandida a fiscalização. Para garantir efetiva esta medida, o projeto recebeu o suporte da Procuradoria da República em Santa Catarina, da Coordenadoria do Meio-Ambiente da Procuradoria Estadual e do Juiz de Direito da Comarca.
No sentido de ampliar a conservação de recursos naturais a família Werlang adquiriu uma área de 41ha de matas de restinga e floresta úmida no canto sul da Praia do Ouvidor. De raríssima beleza e diversidade, trata-se de um importante banco de sementes para os projetos em andamento. Já em 2000 o professor José Lutzenberger novamente visitou a área, quando teve oportunidade de avaliar o andamento dos trabalhos, e a área recentemente adquirida. A seguir foram adquiridas duas pequenas áreas parciais de lindeiros, totalizando 3,9ha de matas nativas. Uma última aquisição de 43,2ha áreas lindeiras foi realizada, local de solo extremamente compactado e onde houve intensivo uso de agroquímicos.
A segunda estada de Max Lindegger e Philip Snyder iniciou-se no Rincão Gaia do professor Lutzenberger, onde promoveu-se um curso em Design de Ecovilas. A seguir estiveram novamente na área do projeto, produzindo um extenso relatório e o primeiro lançamento do Centro de Vivência e Aprendizagem. Aproveitando suas presenças, promoveu-se a primeira comunicação de intenções do projeto à comunidade, em uma palestra pública bastante concorrida, com a presença do prefeito municipal sr. Quirino Juvêncio Lopes.Aproveitou-se esta segunda estada de Max Lindegger e Philip Snyder para interagir com a comunidade acadêmica e ambientalista de Santa Catarina. Assim foram realizadas diversas visitas a área, destacando-se a presença do Dr. Paul Richard M Miller (UFSC) e de Heloise da ONG Pau Campeche.
Dada a diversidade de ambientes da área, o que a tornava de difícil apreensão, foi natural a opção pelo desenvolvimento orgânico de diversos sub-projetos, todos ligados a questão do desenvolvimento sustentável. Assim muitos profissionais de reconhecida competência, ligados as áreas de biologia, geologia, ecologia, agroflorestas, viveiros, regeneração ambiental e permacultura visitaram a área no ano de 2000, momento em que se buscavam alternativas para de aprimoramento de desenho.Em maio de 2000 Justo Werlang participou de curso sobre design ecológico proferido pelo casal John e Nancy Todd na Schumacher College .
Com o patrocínio do projeto, Fernando Jaeger Soares e Beatriz Stumpf inauguram convênio entre a Fundação Gaia e a Secretaria Municipal de Educação (SME), ministrando curso de Capacitação em Educação Ambiental para todos os professores da rede municipal de educação. Esta produtiva parceria com a SME , dirigida pela professora Bete , afirma-se como importante ponto de interação com a comunidade.
Em junho, com a participação ativa de Carmen Werlang, começou-se a coleta de sementes de plantas nativas para o estabelecimento do novo viveiro do projeto. Os primeiros canteiros foram estabelecidos no final de outubro, sob um pomar de laranjeiras. Bastante precário, foi o impulso inicial para a criação do viveiro dedicado a replicar as espécies nativas da área. A partir daí se está gerando mudas para os diversos projetos de regeneração, como os corredores de fluxo de flora e fauna, os corredores de amenização ambiental, as áreas de reestabilização de solos arenosos (dunas e costões), a substituição de bosques exóticos por espécies nativas.Em julho foram estabelecidos os primeiros quebra-ventos junto das áreas de solos arenosos . Foram utilizados dois tipos de quebra-ventos. Os de costaneiras e aparas de pinus e eucalipto, e os construídos a partir de gravatás doados por vizinhos. Com estes quebra-ventos foi possível gerar um mínimo de estabilidade para o plantio das árvores. No inverno de 2000 foram plantados casuarinas oriundas de viveiros externos e criados quebra-ventos de capim cameron. Os plantios que se seguiram já foram da produção do viveiro próprio, decidindo-se pela não produção de exóticas.Diversos experimentos tem sido realizados nestes plantios. A utilização de acículas de pinus com o objetivo de reduzir a mobilidade do solo e, ao mesmo tempo, criar um microclima onde se reduz a variação térmica e a perda de umidade tem-se mostrado efetivo. Assim também o plantio direto de sementes tem demonstrado resultados positivos. Ainda, a utilização de composto orgânico com sementes, lançado diretamente sobre o solo, mostrou uma resposta muito rápida.
Em outubro e novembro de 2000 é patrocinada a vinda Rubina Mc Curdy (Earth Care Education Aotearoa – Nova Zelândia) ao Brasil para uma série de cursos em Garopaba e no Ricão Gaia, sede de campo da Fundação Gaia. Junto à Pousada Canoa Azul tem lugar um curso de Design de Ecovilas, dirigido a pessoas interessadas na questão ambiental em geral. Além dos públicos de Garopaba e Florianópolis, afluíram pessoas oriundas do Paraná e Rio Grande do Sul. Foi a partir deste grupo original que se desenhou a rede Ecosust, com o objetivo de manter-se a troca de experiências e informações no grupo, via internet. Rubina dirigiu, também em convênio com a SME , curso para os professores de seu reconhecido Programa de Educação Ambiental Continuada. Ao primeiro módulo de um dia foram convidados todos os professores da rede municipal, e os que se motivaram tiveram oportunidade de participar de todo o curso na Escola do Pinguirito. Em diversos momentos foi estimulada a participação de alunos. Ao final do curso, duas das escolas municipais adotaram o programa. O projeto ainda oportunizou a ida de Rubina ao Rio Grande do Sul, onde em trabalho conjunto com Beatriz Fedrizzi (UFRGS) dirigiu curso sobre o Programa de Educação Continuada na Escola na cidade de Viamão. Deste curso produziu-se um vídeo didático educativo.
No início de novembro de 2000 Marsha Hanzi – Instituto de Permacultura da Bahia – dirigiu curso com o tema de agricultura orgânica e permacultura. Com a participação de agricultores de Paulo Lopes, Garopaba, e de Joinville, bem como de pessoas interessadas na produção de alimentos sadios. Em visita à área do projeto, Marsha trouxe contribuições sobre questões de restauração ambiental.
Em 2001, a partir de projeto da arquiteta Vanda Zanella e execução de Bolivar Fontoura, foi possível concluir a sede do projeto no local onde originalmente se encontrava a casa de Gastão e Carmen Werlang, no canto norte da praia do Ouvidor. Contando com equipamentos de geração de energia eólica e fotovoltaica, aquecimento solar, cobertura vegetada, e reciclagem de materiais, a casa foi pensada também como local para demonstração de tecnologias ambientalmente responsáveis. Efetivamente a casa tem-se transformado num novo paradigma de construção no município, e alguns de seus conceitos tem sido replicados.
No período de alta estação de verão, em janeiro e fevereiro de 2001, é implantado e passa a operar o pátio demonstrativo de compostagem de resíduos orgânicos sob a supervisão do agrônomo Gerson König da Associação Orgânica e tecnologia desenvolvida pelo Dr. Paul Richard M Miller. Neste primeiro período de dois meses é coleta e compostado um volume de 135.000kg de resíduos orgânicos. O pátio é aberto a visitação, e os resultados divulgados a partir de relatório.
A ideia é a de que os resíduos orgânicos (lixo) produzidos pela cidade de Garopaba poderiam ser tratados como recursos que, compostados, tem o potencial de gerar substrato orgânico de primeira qualidade. Num segundo momento poderia ser gerado um núcleo de agricultores orgânicos no município, que passariam a utilizar este substrato na produção de hortifrutigranjeiros. Finalmente, num terceiro momento, as pousadas e restaurantes de Garopaba poderiam utilizar como argumento de marketing, o fato de estarem servindo alimentos produzidos localmente, de forma orgânica. Neste processo os ganhos ambientais se somariam ao aumento de oportunidades de geração de renda pelos habitantes do município. Nos meses de janeiro e fevereiro do ano seguinte o pátio volta a funcionar. Como a estação de veraneio foi mais fraca, compostou-se um volume de cerca de 110.000kg. No entanto, seu aspecto demonstrativo da tecnologia aplicada gerou o interesse de a municipalidade implantar um projeto de coleta seletiva e um pátio de compostagem próprio, dentro de convênio firmado com a Associação Orgânica e com a UFSC.
A produção de mudas do viveiro possibilitou que em 2001 se iniciasse a implantação do primeiro corredor de floresta de amenização ambiental e do primeiro trecho do corredor de fluxo de fauna e flora. Assim também o início da substituição de bosques exóticos por essências nativas locais.
Os arquitetos Dr. Huston Eubank (RMI) e Dr. Gregori Fanta (ENSAR Group) realizaram sua primeira visita a área, acompanhados por João Antônio Prosdócimo. Extremamente motivados com o andamento dos trabalhos, prestam consultoria voluntária. O projeto firma parceria de apoio ao curso de paisagismo ministrado por Toni Backes, composto de diversos módulos mensais.
O ano de 2002 inicia com uma jornada cujo objetivo é a discussão de um protótipo de cabana ecológica. Um grupo formado por diversos arquitetos, a partir de desenho da arquiteta Vanda Zanella , sob a condução dos arquitetos Dr. Gregory Fanta e Dr. Huston Eubank (voluntários), e ativa participação do Dr. Miguel Satler (NORI UFRGS) discutem-se alternativas ambientalmente responsáveis.
Em abril realiza-se o I Encontro do Grupo Ecosust, durante 4 dias e participação de 210 membros. Com um extenso programa composto de oficinas, palestras, mesas redondas, curso, discussões plenárias, foi uma experiência extremamente rica. Todos os participantes tiveram um momento para realizar uma comunicação ao grupo, quando das mesas redondas, concretizando a ideia de uma maior troca entre todos. Um grupo de palestras proferidas por May East, Miguel Sattler, Úrsula Anner, Armando Lisboa, Alan K. Minowa, extremamente provocantes. Dra. Clara Brandão, Tony Backes, Zuleika Rodrigues Degani, um enorme contingente de pessoas envolvidas diretamente na concepção do projeto Gaia Village. Foi neste encontro que o professor José Lutzenberger proferiu sua última palestra pública, “Homeostase – Requisitos da Sustentabilidade”, onde defendeu com veemência conceitos plenos de ética e responsabilidade.
Desde então, o Gaia Village vem se estruturando como uma vitrine de boas práticas demonstrativas, conforme pode ser visualizado tanto nesse espaço virtual quanto em seu espaço físico. Boa visita!