Programa de Preservação e Restauração de Ecossistemas

O Programa de Preservação e Recuperação de Ecossistemas objetiva a implantação de medidas para aumentar a biodiversidade, através da produção e plantio de espécies nativas da mata atlântica.

Esses esforços  datam dos anos de 1969 e 1970, quando os proprietários Gastão e Carmen iniciaram o processo de fixação do areal,  com a implantação de quebra-ventos e o plantio de espécies resistentes ao vento junto notadamente nas dunas da Praia do Ouvidor, e junto da borda leste do areal do Ouvidor. No início dos anos 80, inclusive com o apoio de viveiro que estabeleceram na propriedade, realizaram outro grande esforço de estabilização de solos, com plantios desde a Praia da Barra para o sul. Nesta mesma ocasião se deram suas primeiras experiências de substituição de bosques de exóticas por plantas nativas.

No mesmo ano de 2000 foi criado o novo viveiro que passou a processar sementes colhidas no lugar, e consequente produção de mudas nativas.  A estabilização de solos passou a ser realizada exclusivamente com o uso de espécies arbustivas e arbóreas nativas. Em 2002 se iniciaram trabalhos junto aos costões do Morro da Caranha, com o isolamento de áreas, reintrodução de espécies através de mudas e plantio direto de sementes. Em 2001, inicia-se relevante esforço para ampliar e adensar os reliquitos florestais da propriedade, com implantação dos corredores de floresta. Estes têm como função manter e ampliar a diversidade biológica, restaurando o fluxo gênico entre as espécies. Além disso, servem de fonte de alimento e abrigo. Existem no  Gaia Village dois tipos de corredores de floresta: (1) os corredores de fluxo de fauna e flora de leste a oeste fazem a ligação de bosques remanescentes de matas e restingas da região litorânea. Quando concluídos, estes apresentarão largura de 100 metros. E (2) corredores amenização ambiental que são corredores de floresta que deverão alcançar a largura  de 30m inscritos no perímetro limite da propriedade.

A soma desses esforços tem conseguido conter o areal e evitar que avance sobre a mata original. Aliado a técnicas de cobertura do solo fez com que plantas nativas rasteiras e arbustos voltassem a crescer no local. A substituição de bosques exóticos por plantas nativas e a implantação “corredores de floresta e de amenização ambiental”, que fazem a ligação de áreas de matas remanescentes, restingas e áreas alagáveis da região litorânea, ajudam a ampliar a diversidade biológica.